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| Ditador Maduro Foto: Fausto Torrealba / REUTERS |
Nos últimos dias, voltou a crescer a tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela. Em análise publicada na coluna de Felipe Figueiredo no Estadão, o autor aponta que a política externa do Presidente Americano Donald Trump pode influenciar diretamente os rumos do país vizinho, comandado por Nicolás Maduro.
Segundo Figueiredo, ainda não há nada confirmado, mas alguns movimentos recentes sugerem que os EUA podem estar preparando uma ação contra o regime chavista, inclusive com possibilidade de intervenção militar.
Recompensa milionária e acusações
No início de agosto, o governo Trump aumentou para US$ 50 milhões a recompensa pela captura de Maduro. O Ditador venezuelano, junto a parte de seu alto escalão, é acusado pelos EUA de narcotráfico, conspiração com o narcoterrorismo e apoio a crimes relacionados ao tráfico de drogas.
As acusações incluem também a suposta liderança do chamado Cartel de los Soles, organização que teria surgido nos anos 1990 para transportar cocaína da Colômbia para outros países, com a participação de militares de alta patente.
Entre os investigados, está o general Vladimir Padrino López, ministro da Defesa da Venezuela desde 2014 e cunhado do falecido Hugo Chávez. Padrino teria, segundo analistas, mais prestígio entre os militares do que o próprio Maduro.
Militares no Caribe
Além do aumento da recompensa, os EUA anunciaram o envio de quatro mil soldados adicionais para o Caribe, oficialmente para “operações contra o narcotráfico”. No entanto, especialistas avaliam que o movimento pode ser também uma forma de pressão direta sobre Caracas.
Para Felipe Figueiredo, o cenário ainda é de especulação, mas a soma desses fatores aponta para um ambiente de crescente instabilidade que pode ter desdobramentos nas próximas semanas.
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