27 setembro 2025

Debate sobre aborto volta ao centro das atenções: frustração no STF e caso trágico na Argentina

Enquanto movimentos feministas no Brasil cobram avanço na descriminalização, vizinhos argentinos ainda lidam com a repercussão de uma morte após aborto legal.

No Brasil, a descriminalização do aborto voltou aos holofotes após a saída de Luís Roberto Barroso da presidência do Supremo Tribunal Federal (STF). Grupos feministas esperavam que o ministro avançasse no julgamento iniciado por Rosa Weber, que votou a favor da interrupção da gravidez até as 12 primeiras semanas.

Barroso, considerado um voto favorável à pauta, preferiu não pautar o processo, alegando que o país não está preparado para essa discussão e que não haveria votos suficientes na Corte. Com isso, a expectativa recai agora sobre o novo presidente, Edson Fachin, que poderá decidir o futuro da ADPF 442.

Enquanto o Brasil se divide sobre o tema, um caso na Argentina reacende o debate sobre os riscos do aborto legalizado. Em 2021, a jovem María del Valle González López, de apenas 23 anos, presidente da Juventude Radical de La Paz (Mendoza), morreu após se submeter a um aborto legal em um hospital público.

Protesto contra a legalização do
aborto na Argentina, que
 reuniu milhares de pessoas
 no em 28 de novembro de 2020.
 (Foto: Reprodução / Radio FM 96.5
Power Station / Facebook
)
Segundo informações do jornal Clarín, María recebeu medicação para interromper a gestação, mas dias depois passou mal, desenvolveu uma infecção generalizada e não resistiu. O Ministério Público argentino abriu investigação para apurar se houve negligência do poder público no caso.

O episódio gerou forte repercussão: grupos pró e contra o aborto se manifestaram nas redes sociais, destacando a complexidade e os riscos envolvidos na legalização do procedimento.

📌 Comentário:
Enquanto no Brasil o STF recua em pautar a descriminalização, na Argentina um aborto legalizado terminou em tragédia. Esse contraponto mostra como o tema é delicado, divide opiniões e envolve não apenas questões jurídicas e políticas, mas também riscos concretos para a vida das mulheres, já para as criança.

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