Uma pesquisa realizada em 2022
por economistas da Universidade de Chicago, FGV e Northwestern, com
dados de 87 milhões de trabalhadores e 7,5 milhões de empresas brasileiras,
concluiu que empresários no país tendem a contratar, promover e pagar
salários melhores a funcionários politicamente alinhados a eles. Segundo o
estudo, um trabalhador filiado ao mesmo partido do empregador teria de 48% a
72% mais chances de ser contratado.
Nos EUA, empresas chegaram a
demitir profissionais que fizeram postagens comemorando a morte de Kirk,
conhecido apoiador de Donald Trump. No Brasil, após a repercussão, uma campanha
semelhante chegou a ser iniciada no X (antigo Twitter), com apoio do deputado Nikolas
Ferreira (PL-MG), mas acabou entrando na mira do Ministério Público do
Trabalho (MPT).
Com a polarização política cada
vez mais acentuada, o tema reacende o debate sobre discriminação política no
ambiente de trabalho, o tema já é estudado por economistas há décadas. Após a
morte de Charlie Kirk, alguns empresários passaram a usar as redes sociais para
alertar sobre os riscos de contratar extremistas. De acordo, com alguns na internet o excesso de agressividade
pode não apenas comprometer os negócios, mas também afetar a convivência e a
segurança dentro das empresas. Publicações comemorando a morte de alguém ou
incentivando ataques a adversários são cada vez mais vistas como sinais de
alerta. Por isso, muitos empregadores afirmam estar mais atentos ao perfil e ao
comportamento dos candidatos antes de contratá-los.
No estudo intitulado
"Politics at Work" (Política no Trabalho) economistas da Universidade
de Chicago, da FGV (Fundação Getulio Vargas) e da Northwestern analisaram dados
de 87 milhões de trabalhadores e 7,5 milhões de empresas entre 2002 e 2019.
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