A recente articulação de Tarcísio, reunindo o centrão e a direita em defesa da anistia aos condenados do 8 de janeiro, consolidou sua imagem como articulador político. Muitos dos condenados são cidadãos comuns — pais, mães e até idosos — que não portavam armas. Se houve casos de depredação, é justo que os responsáveis sejam punidos pelos atos de vandalismo. No entanto, as penas aplicadas hoje parecem desproporcionais em relação à gravidade do que ocorreu.
O Brasil já concedeu anistia no passado a criminosos, e por que não estender o mesmo direito a brasileiros que, em muitos casos, não praticaram violência? Nesse contexto, a anistia aparece como uma medida plausível para pacificar o país.
A pressão pela votação da anistia partiu da bancada bolsonarista, mas ganhou fôlego justamente com a atuação de Tarcísio de Freitas, apontado por aliados como potencial adversário do governo em 2026. O movimento também é interpretado como um gesto de lealdade a Bolsonaro, cujo apoio será decisivo para qualquer candidatura da oposição.
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