Hugo Motta barra Eduardo Bolsonaro como líder da minoria, e deputado pode perder mandato

Eduardo Bolsonaro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou a indicação do PL para que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) assumisse a liderança da minoria na Casa. A manobra visava garantir que o deputado não tivesse as faltas computadas, já que o cargo isenta da obrigatoriedade de presença em plenário.

Sem a indicação aceita, Eduardo continua acumulando ausências. Até o início de setembro, já havia faltado a 18 das 32 sessões deliberativas, mais da metade do total. Pela regra, o parlamentar não pode ultrapassar 1/3 de faltas não justificadas, sob risco de perder o mandato.

O parecer da Câmara afirma que Eduardo sequer comunicou oficialmente sua saída do país, o que impede que suas ausências sejam enquadradas como missão autorizada. Além disso, ele responde a denúncia da PGR por tentativa de coação ao STF, o que pode complicar ainda mais seu futuro político e seu projeto de disputar a Presidência da República.

A decisão ocorre em meio ao aumento da tensão entre o Congresso e o Supremo, após os EUA ampliarem sanções contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, enquadrados na Lei Magnitsky.

Comentário: Eduardo Bolsonaro permanece nos Estados Unidos e já teve contas bancárias, assim como as de sua esposa, bloqueadas. Ele afirma viver uma escalada de perseguição desde que seu pai passou a responder pelos atos de 8 de janeiro. Se estivesse no Brasil, sua situação poderia ser ainda mais delicada.