Após os Estados Unidos aplicarem novas sanções contra a família do ministro do STF Alexandre de Moraes, o projeto de Anistia perdeu fôlego no Congresso. Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que havia abraçado a pauta, passou a pisar no freio e agora fala em apresentar apenas um “PL da Dosimetria”, bem diferente da proposta original de anistia ampla. Ele já admite que não há prazo definido para levar sua versão a votação – versão esta considerada “aguada” a ponto de ter recebido o apelido de “PL da Dosimetria”.
Não é apenas Paulinho da Força. Diversos líderes partidários já reconheceram que ministros do Supremo têm atuado nos bastidores, pressionando tanto sobre o conteúdo da proposta quanto sobre o calendário de votação. Trata-se de uma interferência que, em tese, poderia configurar “atividade político-partidária”, crime de responsabilidade previsto em lei, mas que acabou sendo naturalizada por políticos e grande parte da imprensa.
Por fim, chama atenção o fato de que até a Casa Branca estaria acompanhando de perto o andamento dessa discussão. Segundo relatos, o governo americano não estaria satisfeito com a ideia da “dosimetria” em vez de anistia plena. Caso isso se confirme, o Brasil pode se ver diante de novos riscos diplomáticos e até econômicos, com possibilidade de novas sanções internacionais — ao menos é o que tem alertado o deputado Eduardo Bolsonaro.
Texto base da Gazeta do Povo, com mais algumas observações
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