A proposta permite que o contribuinte atualize o valor de imóveis, veículos e outros bens pagando antecipadamente uma taxa de 4% sobre a valorização.
O projeto (PL 458/2021), criado ainda em 2021, no governo Bolsonaro, ganhou força agora porque pode ajudar o governo Lula a equilibrar as contas públicas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já demonstrou apoio e até tentou incluir parte da ideia na chamada “MP da Taxação”, que acabou perdendo validade no Congresso.
Por que o governo diz que a proposta é vantajosa?
Segundo o Ministério da Fazenda, atualizar os valores evitaria que o contribuinte pague Imposto de Renda sobre um ganho de capital muito inflado, já que hoje a alíquota varia de 15% a 22,5% na venda do bem.
Mas há armadilhas importantes
Especialistas alertam:
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Ao aderir ao Rearp, o contribuinte paga imposto imediato sobre um lucro que ele ainda não realizou.
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Após a atualização, não poderá vender o imóvel por um período determinado — uma trava que limita sua liberdade.
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O governo também poderá cruzar informações e intensificar fiscalizações futuras.
Além disso, o projeto abre espaço para regularizar bens não declarados, com custo de 30% do valor (imposto + multa), extinguindo crimes ligados à sonegação.

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