O relatório da Lei Antifacção elaborado pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), que pode limitar a atuação da Polícia Federal (PF) nos estados, transcorre após tensões do governo paulista com investigações do órgão sobre o crime organizado em São Paulo. O texto também é mal-avaliado pelo Ministério Público.
O relatório de Derrite prevê que a PF só poderia entrar em investigações de organizações criminosas quando as apurações forem de alcance nacional e com autorização dos governadores.
O maior foco de tensão da atual gestão surgiu quando a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a morte do delator do PCC, Vinícius Gritzbach, ocorrida no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024, por ordem do diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.
A apuração, que no começo visava esclarecer o assassinato em uma área de competência federal, acabou virando uma ampla investigação sobre possíveis esquemas de corrupção na Polícia Civil de São Paulo, colocando pressão sobre a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em um momento politicamente sensível, próximo das eleições.
Um dos casos que surgiram a partir da apuração da PF foi o que resultou na prisão do policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior, em operação com foco na atuação de fintechs para o branqueamento de bens e valores oriundos de atividades crimin0sas. No mesmo caso, a PF também prendeu o PM Diogo Costa Cangerana, ex-segurança do governador Tarcísio de Freitas.
No governo estadual, as ações da PF no estado foram vistas com desconfiança, como um meio de desgastar a imagem de Tarcísio, potencial adversário de Lula (PT) no próximo ano.
A PF também investigou a Polícia Civil em outros casos de menor repercussão. Por exemplo, em abril, a Operação Latus Actio prendeu quatro agentes por supostamente atuarem em uma organização que cobrava propina de influenciadores e funkeiros que divulgavam rifas ilegais nas redes sociais.
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