Garman, que é diretor-executivo para as Américas da consultoria americana Eurasia Group, tem um histórico de acertos em análises políticas. Em 2018, foi um dos poucos a prever, com antecedência, a vitória de Jair Bolsonaro. Já em 2014, após a reeleição da então presidente Dilma Rousseff, antecipou a crise que levaria ao seu impeachment dois anos depois.
Sobre 2026, o cientista político acredita que uma eventual fragmentação da direita no primeiro turno não deve ser vista como um obstáculo intransponível.
“A percepção de que essa fragmentação diminuiria as chances de vitória da oposição está muito exagerada”, declarou. “Mesmo com mais de um nome no campo da direita, ainda haverá tempo suficiente para fortalecer qualquer candidato oposicionista que avance ao segundo turno.”
Garman também comentou sobre as chances de uma candidatura do chamado “centro democrático”, e afirmou que, para ter alguma viabilidade, esse campo político precisa ir além do discurso contra a polarização. Segundo ele, será necessário dialogar com o sentimento antissistema que continua forte no país.
A análise traz um olhar estratégico para o cenário eleitoral e reforça que o jogo está aberto — e que a disputa de 2026 será marcada, mais uma vez, por forças que vão além das alianças partidárias tradicionais.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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